sábado, 22 de março de 2008

Promulgar

Dias cheios, rápidos, vividos a um ritmo frenético, mas com as devidas (e tão saborosas) pausas, absolutamente necessárias para o bom funcionamento do organismo e da mente.
Começando pelo retiro do SER, achando eu que a devida preparação de algo seja feita com o intuito de baixar para valores residuais o peso das variáveis externas de modo a atingir os resultados esperados, naturalmente vivi ansiedades, ralações e sentimentos "what will happen more?" anteriores ao dia inicial. Olhando agora para trás, pensando seriamente e friamente, de facto quando se fecha uma porta, abre-se uma janela. De facto a Providência assim o realizou.
A missa na Sê de Lisboa, símbolo de Portugal,local unificador do Reino (saudoso, diga-se!) de Portugal, até aos dias de hoje, não me deixa de tocar especialmente. Historicamente, na medida em que a Sê encerra muitas "estórias" por entre as suas pedras e claustros. Nela estão sepultados Santas, Reis e Rainhas, ministros do reino, como o caso do Rei Afonso IV, (o bravo,unificador e conquistador do Alvarve) filho do Rei Poeta D. Dinis e da rainha Santa Isabel, e pai do trágico Rei D. Pedro, esposo em primeiras núpcias de D. Constança de Castela, eterno enamorado da Rainha a título póstumo, D. Inês de Castro. Pois apesar de Romeus e Julietas, Tristões e Isoldas, esta nossa história ganha a estes últimos pelo simples facto de Pedro e Inês terem sido reais, ao passo que os demais nunca passaram das folhas dos respectivos autores.
Claro está que a Santa Missa foi o momento mais alto. Com o Cardeal, com aquele órgão e aquele coro absolutamente penetrante...o Céu desceu à terra, assim por dizer...
O Salmo, "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?" Jesus proferiu estas palavras que passados tantos anos continuam a tocar os corações...
De seguida o castelo de S. Jorge, que hoje em dia serve para atrair turistas e em tempos já serviu para nos protegermos deles...O Lar... O sorriso de alguém que já foi jovem, o trazer para eles um pouco de nostalgia de tempos idos e por si, felizes!
Depois o testemunho de duas Irmãs de carismas diferentes, um virado para o serviço, outro para o recolhimento, mas ambos virados para a mesma meta.
Sinto cada vez mais que a união de facto pode ser o nosso lema, que este grupo de amigos ficará para sempre,sendo que os bons momentos de outrem, sejam também os bons momentos de todos, tais como os menos bons...
De facto que haja férias juntos, almoços, jantares, concertos, retiros, missas, casamentos, fins de curso,anos novos...Enfim!
Parabéns a cada um de nós, porque o que somos ninguém nos tira,e porque de facto procuramos SER e não TER ;)
Paz e bem!

1 comentário:

David disse...

De facto, a vida resume-se numa única palavra, SER